Light, please.

"A vida, para os desconfiados e os temerosos, não é vida, mas uma morte constante."
Juan Luis Vives.




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Eu deveria escrever mais, na maioria das vezes. Escrever, simplesmente para desabafar, nem que seja só para colocar no blog, nem que seja só pra fingir que alguém leu ou, melhor, nem que seja para eu idealizar que em alguns meses ou anos, eu vou olhar para trás e descobrir que esse período da minha vida foi importante para alguma coisa. Porém, não prometo que escreverei mais, já que eu sempre faço isso e desapareço como eu faço com todos os meios de comunicação.

Não gosto de dizer nada pessoal porque eu só reclamo há anos, pra todo mundo. Quem me conheceu feliz, alegre e cheia de respostas rápidas na ponta da língua, deve estar super deepcionado. Agora vivo triste, cansada de lutar, cansada de resistir, desmotivada por tantas obstáculos que me fazem não enxergar a cor da pista que eu tanto corro. Também sinto uma tanto de solidão, um vazio. Não vou dizer que meu coração é uma pedra de gelo, simplesmente por não saber de que material ele é feito. Meu coração está estraçalhado por ser incompreendido quando tanto pulsa, por ser negado por quem o adotou e ser esquecido por quem ele foi compartilhado.

Durante os anos, muitas flores morreram no meu campo.... e foi como um desastre, como se um dia eu tivesse dado boa noite e de manhã eu não recebi bom dia...porque meu jardim parecia um cemitério. Familiares que eu amava foram embora, fui separada dos que ainda me amam, alguns amigos foram embora... não embora, fisicamente, porque se for para o bem deles isso é só felicidade. Mas, foram embora da minha vida. Fizeram uma escolha que eu quis rebater por ter ouvido no passado: “Somos amigos para sempre”. Mas, eu não posso cobrar não, é? Fazemos planos quando estamos bem e, não enxergamos além. Traçamos metas quando queremos melhorar. Porém, planos e metas não significam maturidade a logo prazo e sim, boa vontade. Então, se um dia disseram que seria pra sempre e, a frase foi neglicenciada, eu não me sinto no direito de cobrar e, nem esperar nada em troca. Eu só posso tentar entender, não fechar a porta por amor e, não guardar rancor.

Enfim, nessa vida acho que o que vale é tentar fazer com que ela, valha alguma coisa. O problema é: Será que eu aguento o tranco? Eu só penso em “Semelhante atrai semelhante”. E o que eu quero é ter uma pequena conquista: ser respeitada em casa, terminar a faculdade, arranjar um emprego revigorante... sinto que isso me daria combustível para ser melhor, para tentar com mais vontade, esperar que os semelhantes sejam atraídos. Não quero mais pensar que a minha vida seja que nem a caverna do dragão: O vingador é aquele mesmo, como mestre dos magos, que me adotou em seu coração? I really hope I´m wrong.

Até.



“O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela”.

Fernando Pessoa

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