Pão com ovo...

Depois de um fluxo enorme de temas para escrever, resolvi escrever sobre nada. .. nada específico.

Ando atolada de coisas para fazer, mas uma enxaqueca terrível que insiste em fazer parte da minha cabeça há duas semanas veta todas as minhas tentativas. Hoje eu tive um momento de sobriedade! Dormi 4 horas, tomei paracetamol com cafeína e tive aquele momento inusitado! Eu me senti nova em folha, parecia o fim de um programa de reabilitação. Foi tão emocionante ser eu mesmo que eu nem consegui fazer nada de tanta expectativa que eu criei para esse momento.

O tema da minha volta à realidade foi: “Como devemos gastar nosso tempo?” Se temos que dormir 8 horas por dia..passamos 1/3 da nossa vida dormindo. Se trabalharmos 8 horas... ou deveríamos trabalhar 8 horas...isso leva mais 1/3 do nosso tempo . E o outro 1/3? Seriados? Filmes? Academia? Namoro? Bar? Boite? Paqueras? Músicas? Meditação? Um pouco de cada? E quando você acha que isso é tão pouco?!! O que você faz? Às vezes eu acho que tudo é tão frágil... que os dias são tão bobos... que eu não ajudo em nada mesmo não jogando lixo nas ruas, ajudando alguém ou reciclando as coisas... mesmo assim parece que eu não faço nada. Às vezes um filme me influencia, outras vezes é uma música... depois eu acho que tudo é que nem a caverna do dragão e tenho medo do mestre dos magos ser o vingador.

Para dias sem causa...

"De volta a Sodoma e Gomorra?"

Depois de abandonar o blog por motivos muitos justos! I´m back!!! êêÊÊE

A programação do final de semana passado foi great! Mas a semana foi extremamente descartável. Sou (porque não parece algo remoto e passageiro) um poço de enxaqueca! Mas se Deus quiser e o paracetamol com cafeína não terminar, continuarei em transe.
Aconteceu muita coisa nos últimos dias, momentos muito bons! Eu vi muito amigos, escutei música boa, freqüentei locais que eu adoro. Por outro lado, recebi uma das piores notícias que eu poderia receber na vida... na morte não sei se faria alguma diferença. Mas, life goes on... Sem “off” na história.

Bem, o interessante e mais bizarro que me aconteceu foi: Ganhei um livro do meu médico querido! Calma... O bizarro não é isso, já que esse o terceiro livro que ele me dá. Alguém conhece a Sobrames-CE? Acho que não, né? Sobrames é a Sociedade Brasileira de Médico Escritores, no caso, essa é a do Ceará. Como o nome já diz tudo, eu não preciso arregaçar as mangas. Todo ano (atualmente) é lançado um livro com alguns textos de médicos de áreas diferentes e formatos textuais aleatórios: uns publicam crônicas, outros poesias, alguns sátiras e assim por diante. Ao receber, li imediatamente o(s) texto(s) do meu querido médico. Amei! É ótimo quando você é surpreendido pelo potencial eloqüente de cada um. Após ler os textos de meu querido, resolvi iniciar o livro em sua totalidade. O primeiro texto me fez ter náuseas. Por quê? Eu imagino que ao comprar um livro (acontece comigo), as pessoas costumam olhar a capa, contracapa, dar uma folheada em sua estrutura e logo em seguida ler as primeiras páginas. Bem, o primeiro texto é de um médico, ou melhor, um ex-médico que “anormalmente” costuma publicar outros textos e é autor de dois outros livros que eu espero não ser tão baixo quanto o texto que recentemente li. Ele solta pitadas... ou melhor, ele tempera todo o texto com rancor ao homossexualismo, justificando-o ao ódio social, problemas sócio-econômicos, uso de drogas, problemas alcoólicos, transtornos familiares, acidentes de trânsito e uma possível abertura para o incesto,a pedofilia, estupros e assassinatos. Bom, ele ainda acrescenta que a possível culpa de todo esse processo homossexual, chama-se “vulgarmente” de: computador! Comparando-o a bomba atômica de Von Braun. Será que ele consegue imaginar as melhorias que o computador criou a humanidade? Ele não precisa nem pesquisar muito, ele pode focar só na área médica mesmo, e ao abrir os olhos ele ficará estarrecido com a amplitude de caminhos e possíveis resoluções que a informática criou ao abrir portas para a medicina. Que pena não terem criado uma máquina para implodir mentes transgressoras, afinal de contas, o problema não deve ser o computador e sim, o seu usuário levemente parecido com o autor/médico em questão. O mesmo afirma “ Por tudo isto, é que sou a favor de lupanares ou prostíbulos, onde vemos mulheres bonitas e credenciadas para exercerem relevantes serviços àqueles que as procuram e que se cuidam, fazendo exames médicos periódicos e preventivos, servindo de anteparo para a sociedade, evitando que o namorado “fique ou transe” com a namoradinha e onde estas profissionais exerçam e satisfaçam suas atividades ninfomaníacas, ganhando seu dinheiro e sem criar laços afetivos, salvando gravidezes indesejadas e casamentos precipitados e, sobretudo, salvaguardando-nos a moral e evitando as cenas públicas, contribuindo para o não casamento entre homossexuais, que acho seria desastroso, principalmente no tocante a adoções de crianças, uma vez que estas não teriam em quem se mirar como os pais. Ficaria sem referencial neste distúrbio de comportamento que ora assola o nosso país. O mesmo aconteceria com o casamento entre lésbicas”.

Se ele tiver filhos e os mesmo forem normais, qualquer um pode cuidar de seus filhos. Pelo menos, eu prefiro um filho de caráter nobre tendo qualquer via sexual a um maníaco sem coração que prefere pagar por sexo ao invés de se deliciar aos braços de um amor, evitando uma vida de prazeres vívidos, projetando esse amor em seus filhos. De onde ele tirou prostíbulos atribuindo uma profissão relevante? Cuidados médicos? Ele é o quê? Mecânico? Será que ele imagina mesmo que esse tipo de serviço acompanhe um plano de saúde UNIMED VIP e rotinas de exames a cada 30 dias? Será ele um membro perdido da Ku Klux Klan?


Eu só consigo defini-lo com uma palavra: Supérfluo-Estúpido-Machista.